Evolução Vitivinícola
O pioneiro da viticultura no Rio Grande do Sul foi o padre jesuíta Roque Gonzáles de Santa Cruz. Ele trouxe cepas de origem espanhola, por volta de 1620, quando fundou a Redução Cristã de San Nicolao, na margem esquerda do Rio Uruguai. Essas videiras desapareceram quando as missões jesuíticas foram destruídas pelos bandeirantes paulistas.
A segunda tentativa vitivinícola no RS foi feita na metade do século XVIII com a imigração açoriana no litoral gaúcho. Os açorianos trouxeram vinhas de origem portuguesa. A região litorânea, por ser baixa e úmida, não foi propícia ao desenvolvimento vitícola e, portanto, essas vinhas não vingaram.
O interesse pela viticultura foi novamente evidenciado com a chegada dos imigrantes alemães, entre os quais muitos eram apreciadores de vinho. Esses imigrantes se estabeleceram nos limites de São Leopoldo e São Sebastião do Caí. As videiras cultivadas eram de origem americana, sendo plantada principalmente a uva Isabel. O vinho produzido por eles era destinado ao consumo doméstico.
Quando os imigrantes italianos chegaram, em 1875, obtiveram as mudas dos alemães, pois as que eles haviam trazido na bagagem secaram durante a viagem, ou então, por serem variedades viníferas, não se adaptaram facilmente à nova terra e acabaram morrendo. Já a variedade Isabel cresceu sadia e vigorosa, devido à fertilidade do solo, à umidade e ao sol quente do verão da Serra. O desenvolvimento da videira fez o imigrante se reencontrar com sua terra de origem e representou a fixação destes na nova pátria.